A 4 dias do "fim do mundo": grupo foge para cidade goiana
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A 4 dias do "fim do mundo": grupo foge para cidade goiana
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É na pacata cidade interiorana de Pirenópolis (GO), a 142 km de Brasília e 128 km de Goiânia, que o professor Masuteru Hirota e parte de seus seguidores pretendem se salvar do "fim do mundo". Desde julho, ele vive em uma casa alugada numa região periférica da cidade, onde estoca alimentos para dois anos e explica: "Uma onda de 1,5 mil m vai destruir quase toda a Terra. No Brasil, só a região central (Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará) vai escapar".
Hirota não parece estar preocupado com um colapso que deverá cobrir quase todo o globo terrestre com água na semana que vem. Ele assistia a um filme de samurai em japonês em um aparelho de blu-ray deitado no sofá, quando parou para conversar com a reportagem do Terra. Na sala de estar, visitantes, sobretudo vindos de Alto Paraíso, se preparavam para o Bon Odori, um festival de tradição budista com origens na China.
"Há mais de 1 milhão de anos, Atlantis afundou. Há 500 mil anos o mundo acabou de novo. O fim do mundo na verdade é uma vassoura para limpar o mal do planeta", diz o guru, entre uma e outra tragada de cigarro. Ele diz que recebe revelações de uma "Energia de Luz", com quem se comunica e se compara aos profetas maias e Nostradamus. "Como eu, não existe ninguém no mundo", afirma.
Segundo as "revelações" de Hirota, a região central do Brasil, parte do centro da África, parte do Japão e da Austrália resistirão à inundação. O guru diz que o estoque de alimentos será necessário por um período de grande escassez. "Quem não se preparar", acrescenta, "terá de se alimentar de outros humanos e, assim, deixará se ser humano. Vai se tornar demônio".
As palavras de Hirota já foram ouvidas por milhares de pessoas. Há mais de 30 anos ele atua na suposta cura de doenças e aproveita o contato com as pessoas sensibilizadas para proferir palestras. Foi assim que o paulistano Luiz Nakagawa, 66 anos, conheceu o guru. "Eu fui curado de um problema no joelho e na coluna. Estava todo travado", conta. Luiz se mudou de São Paulo e, por recomendação de Hirota, vive hoje em Alto Paraíso (GO).
Nobol Yamada também se diz curado pelo guru antes de se tornar seguidor. Ele lamenta que a faixa etária dos seguidores seja mais avançada. "Os jovens têm outro pensamento, então é difícil que eles entendam", diz. A paulista Nadir Lima vive com seus dois filhos na mesma casa de Hirota. É seu marido, que mora em Atibaia, o provedor da casa. Ela conta que as visitas em busca de cura ou palestra são bem menos frequentes na cidade goiana. "Em Pirenópolis, eles não conhecem muito. São muito católicos e não querem saber dos ensinamentos do professor".
Ao contrário da também goiana Alto Paraíso, Pirenópolis não é uma cidade envolvida pelo misticismo, apesar de ser recorrente a visita de anunciadores do apocalipse, segundo relatos da população local.
"Desde que era menino, fico vendo isso que o mundo vai acabar. Há dois anos teve uns aqui dizendo isso, mas a cidade continua tranquila", conta Pompeu de Pina, morador conhecido da cidade, com 78 anos. "Loucos têm muitos. Um ou outro fica vendo assombração, mas eu não acredito nisso, não", acrescenta, aos risos, o morador que se denomina católico.
É na pacata cidade interiorana de Pirenópolis (GO), a 142 km de Brasília e 128 km de Goiânia, que o professor Masuteru Hirota e parte de seus seguidores pretendem se salvar do "fim do mundo". Desde julho, ele vive em uma casa alugada numa região periférica da cidade, onde estoca alimentos para dois anos e explica: "Uma onda de 1,5 mil m vai destruir quase toda a Terra. No Brasil, só a região central (Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará) vai escapar".
Hirota não parece estar preocupado com um colapso que deverá cobrir quase todo o globo terrestre com água na semana que vem. Ele assistia a um filme de samurai em japonês em um aparelho de blu-ray deitado no sofá, quando parou para conversar com a reportagem do Terra. Na sala de estar, visitantes, sobretudo vindos de Alto Paraíso, se preparavam para o Bon Odori, um festival de tradição budista com origens na China.
"Há mais de 1 milhão de anos, Atlantis afundou. Há 500 mil anos o mundo acabou de novo. O fim do mundo na verdade é uma vassoura para limpar o mal do planeta", diz o guru, entre uma e outra tragada de cigarro. Ele diz que recebe revelações de uma "Energia de Luz", com quem se comunica e se compara aos profetas maias e Nostradamus. "Como eu, não existe ninguém no mundo", afirma.
Segundo as "revelações" de Hirota, a região central do Brasil, parte do centro da África, parte do Japão e da Austrália resistirão à inundação. O guru diz que o estoque de alimentos será necessário por um período de grande escassez. "Quem não se preparar", acrescenta, "terá de se alimentar de outros humanos e, assim, deixará se ser humano. Vai se tornar demônio".
As palavras de Hirota já foram ouvidas por milhares de pessoas. Há mais de 30 anos ele atua na suposta cura de doenças e aproveita o contato com as pessoas sensibilizadas para proferir palestras. Foi assim que o paulistano Luiz Nakagawa, 66 anos, conheceu o guru. "Eu fui curado de um problema no joelho e na coluna. Estava todo travado", conta. Luiz se mudou de São Paulo e, por recomendação de Hirota, vive hoje em Alto Paraíso (GO).
Nobol Yamada também se diz curado pelo guru antes de se tornar seguidor. Ele lamenta que a faixa etária dos seguidores seja mais avançada. "Os jovens têm outro pensamento, então é difícil que eles entendam", diz. A paulista Nadir Lima vive com seus dois filhos na mesma casa de Hirota. É seu marido, que mora em Atibaia, o provedor da casa. Ela conta que as visitas em busca de cura ou palestra são bem menos frequentes na cidade goiana. "Em Pirenópolis, eles não conhecem muito. São muito católicos e não querem saber dos ensinamentos do professor".
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